quarta-feira, 17 de abril de 2013

Fallen Youth #1 Oferta e procura... De oportunidades

Oi, meu povo! Tudo bem? 
Tenho novidades para vocês: teremos um novo colunista aqui no blog. O Léo é um amigo meu de longa data, foi jovem embaixador ano passado, passou pra direito na PUC, enfim, tirando coisas práticas como acender uma churrasqueira, ele é um gênio.
O tema que o Léo escolheu pra falar aqui é um pouco mais sério que o assuntos normais, ele vai falar sobre juventude, oportunidades, voluntariado, etc.
Com a entrada do Léo na equipe, farei algumas mudanças na programação do blog. A minha coluna sobre comportamento passará a ser quinzenal, já a Fallen Youth (coluna do Léo) será semanal (eu acho, se ele me entregar as coisas a tempo -.-).
Por hoje é só isso que irão aguentar de mim. 
Beijos e até amanhã.
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Brasil, lugarzinho por muitas vezes esquecido pelo resto do mundo, tem despontado mundialmente como uma economia sólida e em constante crescimento. É neste contexto que o território brasileiro passa a ser tornar atraente aos mais diversos tipos de investidores estrangeiros – confiantes de encontrar aqui prosperidade econômica e alcançar crescimentos para as suas empresas. Ah, não podemos deixar de ressaltar o notável destaque que o país do futebol tem assumido no cenário internacional como potência agrícola e petrolífera. Mas são tais realidades boas assim?
Um país que vive presente tão invejável e planeja futuro tão pretencioso não é lá na prática um mar de rosas. O Brasil coexiste com o paradoxo do crescimento estrutural dissidente da difusão da educação, cidadania e engajamento cívico eficazes. O povo, assim intitulado, não acessa aquilo que é seu por direito. Muito se discuti mercado de trabalho no país, mas promover inclusão trabalhista não é sucatear salários e distribuir montes de empregos medíocres, pois deve primeiro implicar um acessível e cuidadoso processo educacional de base. Desta forma, não se farão necessários a criação de empregos que atendam a população desqualificada e, no entanto, a qualificação da população como promotora da acessibilidade empregatícia de alto nível.

Tão difícil e necessário é afirmar que estamos experimentando um crescimento não participado pela maioria submetida a condições inapropriadas de acesso aos recursos básicos de um cidadão, bem como a um domínio ideológico pautado pelo discurso político e ação alienadora da mídia. Há aí uma república democrática um tanto distante, mas não tão diferente daquela que em seus primórdios fazia uso do voto de cabresto como arma de dominação política dos seus eleitores.
Em tal realidade é que está abrigada a juventude verde e amarela, frequentemente abalada pela lei da oferta e procura de oportunidades. Na medida em que a oferta cresce, a procura por esta finda restrita aos capacitados. Desta forma, o jovem incapacitado margeia o competitivo mercado de trabalho a procura de empregos que condigam com seu lugar dentro de nossa hierarquia socioeconômica – fortemente presente e coerciva. Não é escassez de ofertas, é exclusão da maioria por meio da desqualificação a procura.
A lei da oferta e da procura de oportunidades vive um desequilíbrio, este que está promovendo uma concentração de cargos, renda e, consequentemente, de qualidade de vida.
Hoje muito se fala dos grandes desperdícios com os grandes eventos que serão acolhidos no Brasil, mas quem ousa discordar? Não somos o país do futebol? Não precisamos fazer bonito? A fundamentação de tais formas de pensamento, proferidas pelo próprio povo ‘excluído’ e ‘oprimido’, legitima a ação desenvolvimentista distorcida pregada pela classe política.
“Esse país precisa é investir em educação”. Entretanto, se os difusores diários desta frase, leiam-se: nós, não considerarem uma ação efetiva para se alcançar um processo educacional como alavanca para um crescimento saudável e próspero, não se poderá esperar tal tomada consciência por parte da esfera política. Lembrem-se: a democracia sustenta representantes que são reflexos de uma vontade nacional, se há descaso nacional, não será diferente com aqueles que representam tal vontade.
- Léo de Oliveira

3 comentários:

  1. Amei o post! Uma população intelectualizada não gera votos... Temos que deixar de ser essa massa de manobra e ter voz ativa =)

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